Peyronie

A doença de Peyronie, mundialmente assim conhecida, foi descrita em 1743 pelo médico francês François Gigot de La Peyronie (1678 – 1747), o qual foi médico do Rei Luiz XV da França e morou no palácio de Versailles.

A doença de Peyronie se caracteriza por uma curvatura do pênis, de causa desconhecida, que acomete quase 1% dos homens. Esta curvatura peniana pode dificultar e até mesmo impedir a penetração vaginal. O pênis pode adquirir um desvio para cima, para baixo ou para os lados. Em casos mais complexos, pode ter dois desvios Ao contrário da curvatura congênita, quando o homem já nasce com o pênis desviado, a doença de Peyronie se caracteriza por uma progressiva alteração do eixo do pênis ereto, aonde uma curvatura se faz em torno de uma área calcificada. Muitas vezes as ereções vem acompanhadas de dor, que junto com a deformidade, podem abalar a tranqüilidade do homem, o que acaba provocando uma disfunção erétil. A origem desta calcificação, até hoje não está determinada; no entanto a teoria mais recente atribui como causa, os pequenos e repetidos traumas que ocorrem na albugínea quando o homem tem relações sexuais com o pênis parcialmente ereto, ocorrendo pequenas dobras sempre no mesmo lugar. Nestes pontos, acontecem pequenos sangramentos que a cada cicatrização formam fibroses, produzindo a calcificação deformante. A doença de Peyronie pode acometer homens de qualquer idade, de qualquer raça e de qualquer classe social. Sua evolução pode demorar anos ou se dar em poucos meses. Como a causa não está totalmente definida, os tratamentos ainda são empíricos, baseados na experiência de cada médico. Observamos que muitas vezes a curvatura evolui até determinado nível e depois se estabiliza sem evoluir mais. Às vezes até diminui espontaneamente.O tratamento clínico inclui o uso de vitamina E, Potaba (para-aminobenzoato), injeções de corticóides, colagenase, dimetil-selfoxida e bloqueadores de cálcio dentro da placa. A radioterapia também é tentada, mas com resultados pouco significativos. O tratamento cirúrgico é o que mais rapidamente resolve o problema e com melhores resultados. Pode variar desde a retirada da placa com colocação de enxerto orgânico ou sintético, ou apenas provocando um encurtamento do outro lado do pênis que assim fica retificado. Algumas vezes a cirurgia é complementada com a colocação de um par de próteses penianas. Em nossa prática, o tratamento cirúrgico é o que melhor atende às expectativas dos pacientes.

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